CAPÍTULO 1

      Eu sou uma eterna viajante. Sou acanhada na maior parte do tempo e na frente da maior parte das pessoas, mas isso realmente não me impede de me aventurar por aí, porque tudo ao meu redor simplesmente some quando eu me concentro nos meus romances. Quando falo de romance, não englobo somente a paixão, o amor romântico, mas falo também de vida, de amizade, de ventos impetuosos. Eu não sou nenhuma espécie de camaleão ou de pessoa horrível que fica fingindo ser quinhentas coisas ao mesmo tempo, e que fica tirando e colocando máscaras, mas eu aprendi com meus 22 anos de experiência nessa vida, a ir até outros mundos; mundos estes onde eu vivo e conquisto todas as histórias de amor que eu já escrevi nos meus sonhos um dia, onde eu deixo para trás toda a dor do silêncio, para conhecer oceanos mais profundos do que aqueles onde estou acostumada a navegar. 
       Sim, eu tenho um nome, e ele é Spencer. Sou uma pessoa que gosta de ficar sozinha para poder encontrar novos horizontes naquelas coisas que ninguém jamais pensa em prestar atenção. Gosto de criar todas as minhas coisas, de desenhar e de imaginar. Eu sou uma contadora de histórias, só que elas só são contadas a mim. Eu vivo a minha vida olhando o meu redor com as lentes do coração. Sou sim, alguém que está perdida no mar de amor, porque toda vez que eu resolvo me banhar em suas águas, acabo me afogando. Eu posso ser considerada o tipo de pessoa irritantemente chata, porque não compartilho dos mesmos gostos que todo mundo. E não adianta vir com aquela história de que é isso que torna o mundo emocionante, e que cada pessoa é rara porque não há ninguém igual. Não! Tudo bem, isso até pode ser verdade, mas na prática não funciona bem assim. A maior parte das pessoas reparte um ou mais ideais, já eu... Eu sou uma incógnita. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sinta-se a vontade para depositar suas palavras neste baú: