Quando despertei, eu estava no completo escuro, e demorou cerca de 2 minutos
até que meus olhos se acostumassem com ele e começassem a enxergar
alguma coisa. Bem lentamente, eu fui me levantando e tentando
decifrar o que havia ao meu redor. Eu não sabia onde estava, mas de
certa forma, me sentia em casa.
Percebi que havia uma longa cortina, no que obviamente era uma janela, e após
me surpreender em como ela era grande – quase chegava até o chão
– eu resolvi puxá-la para poder ver o que ela escondia. Quando
puxei, a luz da Lua bateu suavemente nas almofadas exageradamente
fofas feitas com penas de ganso, que certamente serviam de apoio para
a cabeça do dono delas, porque estavam no braço direito de um sofá,
ocupando quase um lugar inteiro, fazendo com que eu a acompanhasse
sem descobrir o que a vista continha.
Fiquei
tão excitada com tudo, que decidi explorar o lugar antes de me virar
novamente para a janela. Sobre uma mesinha de centro, estavam algumas
revistas e anotações, junto de um café. Eu quis ver sobre o que
eram. Chegando mais perto, eu pude decifrar que as anotações se
tratavam de duas listas: uma de músicas e outra de livros, e a
revista era de decoração de interiores.
Procurei
uma chave de luz para poder ver mais coisas, e quando encontrei, meus
olhos paralisaram diante
de tanta beleza: estantes vintage
ocupavam uma parede enorme e cuidadosamente pintada de branco,
enquanto as cortinas, agora cor
de gelo amaciavam
o impacto da grande
janela. Na parede onde
ficava a TV, um papel de parede imitando tijolos brancos havia sido
instalado, e vários quadros enfeitavam
prateleiras em formato de cubos vazados, dispostos em uma
linha diagonal.
Olhando para a minha direita, encontrei uma pequena escrivaninha de canto, cheia de potes com lápis, canetas e aquarelas. Também havia um banquinho rosa, sem encosto. Decidi finalmente desvendar a janela. Era uma cidade que ela acomodava dentro de si. Muito grande e acordada. Era uma vista simplesmente linda, criada do que provavelmente era o décimo andar de um apartamento extremamente charmoso. Maravilhada e com os olhos cansados de ficarem tão admirados, pisquei duas vezes - pois eles já estavam muito secos - e sem querer, voltei para o meu quarto. Mais uma vez, ali estava eu, a mesma pessoa de sempre, fitando a mesma janela de sempre.
Olhando para a minha direita, encontrei uma pequena escrivaninha de canto, cheia de potes com lápis, canetas e aquarelas. Também havia um banquinho rosa, sem encosto. Decidi finalmente desvendar a janela. Era uma cidade que ela acomodava dentro de si. Muito grande e acordada. Era uma vista simplesmente linda, criada do que provavelmente era o décimo andar de um apartamento extremamente charmoso. Maravilhada e com os olhos cansados de ficarem tão admirados, pisquei duas vezes - pois eles já estavam muito secos - e sem querer, voltei para o meu quarto. Mais uma vez, ali estava eu, a mesma pessoa de sempre, fitando a mesma janela de sempre.
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